O primeiro contato com o vírus ocorre, em geral, entre 2 e 6 anos de idade, com período de incubação de 1 semana. O quadro clínico é doloroso, a criança pode manifestar mal estar, febre, irritabilidade. Na mucosa oral, a lesão primária é caracterizada por vesículas contendo em seu interior líquido amarelo ou branco. Nessa fase, temos o alto risco de contágio, estando contra indicado qualquer atendimento odontológico. As vesículas mais tarde se rompem formando as úlceras dolorosas, semelhantes as da afta. Ao exame intrabucal, nota-se estomatite generalizada, ou seja, várias lesóes de úlcera abrangendo toda a mucosa, lábios e língua. Outras mucosas como a nasal e a conjuntiva também podem estar comprometidas.
A evolução para a cura ocorre entre 10 e 14 dias. Nesse período, o tratamento é apenas sintomático, com antitérmico (a partir de 38º de febre) e analgésicos que o odontopediatra irá prescrever. O odontopediatra também pode receitar pomadas à base de anestésico local para ser aplicada nas lesões antes das refeições, oferecendo algum alívio da dor durante o contato da mucosa com os alimentos.
É preciso atenção para a dieta, que deve evitar alimentos ácidos e condimentados. Deve-se ter cuidado também para que a criança não deixe de se alimentar e ingerir bastante líquido, prevenindo a desidratação.
Após a infecção primária, o vírus permanece inativo, alojado nos gânglios dos nervos sensoriais, podendo se manifestar, em cerca de 30% dos casos, como herpes labial recorrente.
A manifestação recorrente é desencadeada através do stress emocional, traumatismo local, exposição ao sol ou queda da resistência imunológica.
O melhor tratamento será indicado pelo odontopediatra através de medicamentos, aplicação terapêutica de laser de baixa potência que diminui a sintomatologia dolorosa e o ciclo das lesões.
O uso diário e prolongado de vitamina C por via oral na dosagem de 1g tem se mostrado um excelente auxiliar no tratamento das lesões bucais do herpes simples, aumentando os intervalos entre os ciclos e diminuindo a intensidade dos surtos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário