Por que os dentes de leite são importantes?

A Importância dos Dentes de Leite

Muitos pais acabam não dando muito valor para os dentes de leite por pensarem que um dia eles irão cair e novos dentes definitivos irão nascer no lugar. Porém os dentes decíduos são tão importantes quanto os dentes permanentes, pois apresentam papéis fundamentais para o desenvolvimento da criança:

1-    Mastigação

Ao iniciar a formação dos dentes de leite, o bebê começa o aprendizado da mastigação. Esta é uma função muito importante, pois através da mastigação correta é possível desenvolver toda a musculatura e posição dentária corretamente.

2-    Fala

A fala é composta por vários sons que necessitam do uso de estruturas como o aparelho respiratório, a laringe e as cordas vocais para a sua realização. O articulador da fala seria a própria boca. O movimento do lábio, língua tocando nos dentes e o palato é que proporcionará uma variedade de sons. Para isso, a criança precisa ter essas estruturas íntegras para falar adequadamente sem prejudicar sua aprendizagem.

3-    Estética

O senso estético das crianças está cada vez mais forte. Muitas vezes quando a criança perde um dente de leite antes do tempo correto fica envergonhada na frente dos amiguinhos ou pode sofrer bullying. Uma perda precoce do dente de leite faz com que a criança acabe sorrindo menos.

4-    Mantenedores de espaço

Os dentes de leite são mantenedores de espaço para os dentes permanentes. Eles irão guiar a erupção dos dentes sucessores. A perda precoce de um dente de leite pode ser muito prejudicial e impedir que um dente permanente erupcione, pois os dentes vizinhos podem migrar e fechar o espaço.

Alguém ainda acha que o dente de leite não é importante? Vamos cuidar bem dos dentinhos de leite das nossas crianças, realizando uma boa higiene bucal e tomando todas as medidas preventivas para se evitar quedas e acidentes. O cuidado de agora irá refletir na saúde bucal dos nossos filhos no futuro.

Doença Periodontal na Infância

Estudos apontam que a principal causa da perda dos dentes até os 35 anos de idade é a cárie dentária, e só a partir de então a situação se inverte, passando a predominar a doença periodontal. Isso sugere que a doença periodontal seja uma afecção característica da fase adulta. Todavia, conhecendo o seu comportamento de evolução crônica, é possível prever que a gengivite não tratada na infância ou na adolecência poderá evoluir até que se instale a doença periodontal no adulto.

A placa bacteriana ou biofilme é considerado o fator determinante da doença. Outro fator significativo é a suscetibilidade de cada indivíduo. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de sucesso no tratamento e menor o dano causado. Os pacientes de risco devem ser inseridos em um programa preventivo individualizado de controle.

O fator etiológico determinante principal da doença periodontal é a placa bacteriana. A cavidade bucal abriga diversas espécies de micro organismos e cada espécie ocupa diferentes nichos. Se há desequilíbrio entre esses microorganismos, pode ocorrer um prejuízo ao hospedeiro. A composição da placa bacteriana ou biofilme varia para um mesmo indivíduo conforme sua localização ( superfície lisa ou fóssulas e fissuras, supra ou subgengival e nas superfícies interproximais (entre os dentes).

Outro fator etiológico determinante para as doenças periodontais é o cálculo dentário. Ele é formado pela mineralização da placa bacteriana. O cálculo em crianças não é tão comum como nos adultos e quando presente nessa faixa etária, geralmente é supragengival.

Os fatores predisponentes são aqueles que favorecem um maior acúmulo de placa como anatomia dentária, forma da arcada, posição dentária, dentes apinhados. Esses fatores tendem a acumular mais placa do que dentes bem posicionados.

O controle da higiene bucal precisa ser especialmente cuidadoso e as visitas preventivas, mais frequentes durante a fase de tratamento ortodôntico, pois os aparelhos removíveis ou fixos podem atuar como um fator predispodente para doenças periodontais.

Outros problemas de ordem sistêmica como diabéticos, respiradores bucais devem ter sua higiene bucal reforçada.

Com a esfoliação do dente decíduo e a consequente erupção do permanente, favorece um maior acúmulo de placa e um tipo de gengivite fisiológica chamada gengivite eruptiva. Nesta fase a placa deve ser controlada para tratar essa gengivite ou diminuir seus efeitos inflamatórios.

O controle de placa profissional e a motivação da escovação em casa realizada pela criança e seus responsáveis devem ser intensificados nessa fase.
Fiquem atentos as manchas e formação de tártaro, as vezes 6 meses de intervalo entre uma consulta e outra é muito tempo e o ideal é fazer uma limpeza profissional antes desse tempo.

 Este é meu filho que fez a consulta de prevenção há 6 meses atrás, porém com 4 meses os dentes começaram a ficar manchados. Foi então, realizado uma profilaxia profissional antes do tempo determinado para promover saúde aos dentes e gengiva. A prevenção é a melhor maneira de se obter saúde bucal. Mamãe feliz e filho feliz!!!